sábado, 24 de dezembro de 2011

o Não de Maria


O ouvido humano está acostumado a ouvir falar do SIM de Maria. Será que ela nunca disse NÃO?Maria só disse SIM às coisas do Reino de Deus. Maria, cheia do Espirito Santo, soube esvaziar-se de si para dar lugar ao Plano de amor do Pai. Com certeza não lhe deve ter sido fácil aceitar ser a Mãe do Mestre.Nada lhe caía pronto do céu. Ela enfrentou preconceitos fortes perante a sociedade. Como Mãe, ela também foi submetida a provas, quando precisou se refugiar no Egito, para que Herodes não matasse o Menino. Sofreu quando O procurou pôr três dias e o encontrou pregando entre os doutores no Templo.Foram acontecimentos difíceis para ela, que meditava e guardava todas essas coisas em seu coração. Que missão a de Maria: ser a responsável pelo próprio Deus feito homem! E na morte, no monte Calvário quanta dor e sofrimento!Qual mãe suportaria ver um filo inocentemente ser submetido a tanta humilhação!Diante de tudo o que passou, será que Maria nunca disse NÃO?Para que todo SIM de Maria pudesse se realizar com tanta fidelidade, ela precisou dizer NÃO a muitas coisas.Maria disse NÃO aos valores da sociedade. Maria disse NÃO a todo tipo de exploração; NÃO à ambição; NÃO à vaidade; NÃO ao orgulho; NÃO ao ter e ao poder. Maria disse NÃO a pequenas coisas que até parecem não ter muita importância aos nossos olhos, aos nossos ouvidos, como a certos critérios do mundo que impedissem o seu coração de ser a habitação do Espirito Santo. Maria disse NÃO a muitos valores passageiros, perigosos e enganosos.Hoje Maria continua dizendo NÃO, apontando-nos o caminho de Jesus, dizendo: "Filhos, digam NÃO às drogas, ao alcoolismo, aos vícios, ao consumismo, ao comodismo, à pornografia, ao materialismo, à degradação dos costumes; digam NÃO ao aborto, à eutanásia, às injustiças, às desigualdades,à violência; digam NÃO a tantas coisas que parecem pequenas e sem importância, mas que sufocam a ação de Deus em suas vidas".Deus tem maravilhas a nos revelar, mas é preciso dar-lhe a chance. Que o NÃO de Maria nos ensine a dizer NÃO a tudo o que nos impede de dizer SIM ao amor misericordioso de Deus

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Natal do Menino Jesus...


Você já reparou que o natal tem chegado cada vez mais cedo? Este ano chegou em novembro... Totalmente assimilado pelo comércio e pelo desejo de consumo, o natal tem se resumido a compras, presentes, e-mails, telefonemas, mensagens ou votos de um batido “feliz natal” que, no contexto em que vem pronunciado, pouco ou nada revela de seu sentido cristão. Felizmente, o natal cristão não é a comemoração de uma data, mas é a celebração de um evento ocorrido na história: quando chegou a plenitude dos tempos Deus nos mandou seu Filho, nascido de Maria e sob a Lei, para resgatar os que estavam sob a Lei a fim de que também nós fôssemos adotados como seus filhos (Gl 4,4) e libertos do pecado e de suas conseqüências. Assim sendo, não é o “aniversário” de Jesus que se celebra no natal, mas a iniciativa do Deus-Amor em enviar-nos seu Filho único e entrar na história para nos assumir.

Aliás, não há qualquer evidência histórica de que Jesus tenha nascido no dia 25 de dezembro. A Igreja Católica do Oriente, por exemplo, celebra o natal no dia 6 de janeiro. Nós, no Ocidente, optamos por fazer memória da encarnação do Logos/Verbo/Palavra de Deus no dia em que se celebrava o “Sol Invicto”, pois assim colocamos em evidência que o nascimento de Cristo – o verdadeiro Sol invencível – constitui a vitória da luz sobre a escuridão do mal e do pecado. Ademais, a tradição de se comemorar a encarnação do Verbo de Deus dia 25 de dezembro veio de forma definitiva somente depois do século IV, quando os cristãos remontaram a um escrito de Hipólito de Roma, que em 204 d.C, comentava o Livro do profeta Daniel e citava esta data como sendo a mesma em que os judeus em 164 a. C. já celebravam a festa da Dedicação do Templo de Jerusalém (hanuká, a “festa das luzes”). Conforme ensina o Santo Padre o Papa Bento XVI, a coincidência das festas “vem então significar que, com Jesus, surgido como Luz de Deus em meio à noite, realiza-se verdadeiramente a consagração ao templo, o Advento de Deus sobre a terra”. Já o modo de celebrar o Natal como conhecemos surge mais tarde, na Idade Média, graças a um grande diácono da Igreja: São Francisco de Assis, que acima de todas as outras solenidades, celebrava com inefável zelo o Natal do Menino Jesus.

Por tudo isso, amados irmãos, juntamente com São Francisco diácono, nesse natal olhemos nós para o presépio, e nele busquemos nossa inspiração. Ali, com precisão, teremos a grande razão de celebrarmos: a descoberta de que Deus, por amor, se revela a nós no Menino Jesus e nasce numa família humana em Belém. Em Cristo, Deus nos amou e quis deixar-se amar por nós. Festejemos, então, o Verbo que se fez carne, e veio habitar entre nós (Jo 1,1.14) e estaremos, com certeza, vivendo a experiência de um Feliz e Santo Natal!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Comunidade Nossa Senhora Aparecida


HIDTÓRICO DA COMUNIDADE NOSSA SENHORA APARECIDA

Alto Recreio – Município de Santa Maria de Jetibá-ES

Esta comunidade católica pertence a Paróquia de Nossa Senhora Rainha da Paz da Arquidiocese de Vitória-ES. Ela teve seu começo no ano de 1982 numa escola municipal com a Celebração da Palavra de Deus aos domingos. Em 1987, com a devida autorização do padre Hans de Santa Leopoldina, Frei Estevão veio de Santa Tereza para celebrar a primeira Missa numa pequena capelinha construída pelas famílias católicas do lugar.

No começo da comunidade, o Sr Luis Meroto buscava o folheto da celebração em Caldeirão, município de Santa Tereza, mais tarde passou a buscar na comunidade De São Sebastião em Recreio, município de Santa Maria. Quem presidia a celebração da palavra era Maria Aparecida (TUTE) e Maria de Fátima. O primeiro crucifixo da Igreja foi doado pela Sra Cristina Seebert Schaerfer, já falecida. Outro que muito ajudou a comunidade foi o Sr Luciano Scharefer, já falecido.

A grande motivação para iniciar a comunidade foi a distancia que as pessoas percorriam para participar das celebrações em outras comunidades. Por isso eles se uniram para construir uma pequena igreja que serviu a comunidade no começo, a escolha de Nossa Senhora Aparecida como padroeira foi motivada por causa de uma promessa feita pela família do Sr Luis Meroto e dona Carmem. Em 1977 uma filha do casal sofreu um acidente e teve o braço direito amputado.

Para a construção da capela foram feitas várias rifas para conseguir o dinheiro, entre os prêmios sorteados tinham: rádio, antena parabólica e sempre depois das celebrações realizava uma animada roleta dentro de uma Kombi. O pedreiro que construiu a capela foi o Sr Luis Meroto com ajuda de várias membros da comunidade. A atual igreja da comunidade dói inaugurada em 1994.

As famílias que começaram a se reunir em comunidade foram: a família de Luis Meroto, de Luciano Schaefer, de Mathias Schaefer, de Aristeu Soares, de Celso Cardoso, de Adilson Isaias de Souza, de Francisco Lucas Miranda, de Nelson Henke, Luis Cardoso, de Amélio Rossi, de Milton Angeli e de Eduardo Simoura.

Todos os membros da comunidade de Alto Recreio guardam com carinho a lembrança de Cristina Seebert Scaerfer. Um grande momento da comunidade foi a visita que o Bispo Auxiliar de Vitória, Dom Odilon Moreira Guimarães, fez em 2002. Em 1998 o Estandarte dos cem anos da paróquia de Santa Leopoldina esteve em Alto Recreio e no mês de dezembro de 2010 visitou a comunidade, o Seminarista Leandro que estuda filosofia no Seminário Nossa Senha da Penha em Vitória.

O primeiro casamento foi em 1988, quando Genesio e Célia resolveram se casar, o primeiro batismo na comunidade foi em 1989, quando foi batizado Giliarde Cardoso e Rosemir Lucas Miranda; a primeira celebração de 1ª Comunhão aconteceu em 1990.

No começo não havia conselho, só anos depois formou-se o primeiro conselho comunitário, já existiu um grupo de jovem muito animado, hoje não tem mais. O atual coordenador da comunidade é o Sr Wander Lucio Alves.

Obs: Este relato está baseado nas respostas de um questionário enviado a todas as comunidades católicas de Santa Maria de Jetibá pelo pároco, Pe Ermindo Rapozo de Assis no mês de dezembro de 2011.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ele Está Próximo....


Alegremo-nos! Vamos ao encontro do “Maravilhoso Conselheiro, do Príncipe da Paz” (Is 9,5), do Redentor que se aproxima.

Estão-se completando os dias (cf. Lc 2,6) daquele bendito e santo Nascimento que reviveremos nos mistérios da Noite Santa do Natal. Torne-se nossa vigilância mais intensa e nossa oração mais confiante.

Todos os anos somos convidados a resgatar o sentido pleno do Natal de Jesus, para vivê-lo como cristãos e cristãs, fugindo à mentalidade cada vez mais paganizada de nossa época. Não nos deixemos infectar ou contaminar pelo vírus do consumismo e do materialismo. Infelizmente, antes mesmo de iniciarmos o tempo litúrgico do Advento, enfeites natalinos e a voracidade consumista invadem nossas ruas, lojas e até nossos corações. Com isso, o Natal cristão vai-se transformando em simples recordação do nascimento de nosso Salvador.

Não obstante a mentalidade semipaganizada do Natal, a festa da Criança de Belém é um dom de luz que rasga e rompe as trevas da humanidade, prisioneira do pecado, incapaz de amar. O Natal do Senhor abre-nos a uma incontida alegria, de que ninguém sai ileso. A liturgia cristã é significado de festa, porque “Deus está conosco”. Onde há vida, há alegria. A alegria causada pela vinda do Salvador é portadora de paz e de esperança.

Diante do presépio, ficamos tomados de ternura e exultação a contemplar enlevados o mistério de vida que encerra o amor infinito de Jesus Salvador. Por isso, vamos às pressas a Belém para ver o recém-nascido deitado na manjedoura (cf. Lc 2,15-16). Não fiquemos trancados em casa, prisioneiros de nossas trevas e negativismos. Vamos! Guiados pela Estrela, vamos com o coração alegre e feliz! Lá há uma Luz resplandecente que nos faz transcender o que vemos com os olhos da carne. Sim, os olhos da mente abrem os caminhos do coração, que permitem apreender e acolher a Verdade que nos liberta de todo mal. A Luz de Belém empenhar-nos-á em viver na liberdade e na dignidade de filhos e filhas de Deus. Fará com que abandonemos a noite do pecado, abrindo-nos para a graça da Vida nova, iluminados pela “Luz verdadeira, que vindo ao mundo, a todos ilumina” (Jo 1,9). A alegria completa nasce da Luz que resplandece num coração transparente, que não teme a escuridão da falsidade. Não se trata de uma alegria frenética causada pela droga, pelos paraísos artificiais e enganosos, pela embriaguez momentânea... Trata-se da embriaguez do Espírito que regenera e renova, trazendo paz e serenidade ao coração humano.

Estamos bem próximos da chegada do Deus Menino. Ninguém falte ao encontro marcado com Ele. A incomensurável distância percorrida por Deus para chegar até nós é razão suficiente para corrermos ao Seu encontro e sentirmos “que coisa é o ser humano, para dele te lembrares e o visitares” (Sl 8,5).

Na proximidade do Natal, não há motivo para angústias e temores. Fazendo espaço para Jesus nascer, o Natal será ocasião única para um encontro vivo, amigo e pessoal com Ele. Acolhamos Jesus Cristo, “concebido por obra do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria”. Acolher o Filho de Maria significa mostrá-Lo vivo, transparente em nós o Seu amor.

Dom Nelson Westrupp.